Calçadas e guarda-chuvas
Hoje chove por aqui.
E caminhar na chuva foi o que me trouxe a ideia deste texto.
Por motivos de zona azul, estaciono meu carro a uns 600 metros de distância do meu local de trabalho, e então vou caminhando até chegar lá.
Com a chuva, vim caminhando com meu guarda chuva. E isso só mostra como nossas calçadas (onde elas existem), só servem para o calor, para dias secos.
Além de ficarem escorregadias com a chuva, elas são estreitas. O trecho que percorro diariamente tem calçadas com apenas dois metros de largura. Essa dimensão já torna inviável que duas pessoas usando guarda-chuva usem a calçada ao mesmo tempo. Invariavelmente, uma delas terá que andar na rua, junto ao meio-fio, tentando evitar a enxurrada para não molhar os pés.
Sem falar na gincana que se torna usar o guarda-chuva em calçadas estreitas assim. É preciso levantar, abaixar e manusear o objeto para desviar de lixeiras, postes, placas, árvores, pontos de ônibus, o que torna a caminhada ainda mais desprazerosa.
Antes de pensar em pedágio urbano, taxas de congestionamento, etc. é preciso tornar o ato de caminhar agradável. E para isso precisamos de calçadas melhores e maiores, mais largas. E que elas sejam construídas onde ainda não existem.
Caminhar precisa ser atrativo, agradável, prazeroso. Caso contrário, as pessoas continuarão preferindo seus carros. É preciso que as cidades tenham caminhabilidade.
Um abraço,
Marcelo.